De iPad, Walking Dead, carregando o ursinho TED
Algo lhe amofina e a rotina é de enlouquecer
Nessa insaciável sede, segue em rede feito um servo
Sabe que isso serve de morfina pra amortecer
Ouve Satriani com Tina Turner no iTunes
Vê Blade Runner e Goonies enquanto fala com a solidão
Felicidade instantânea e nada sólido
Likes valem mais do que água, e isso é mórbido
Máquina que move o homem pateta
Isaac Asimov agora é um profeta
Entre os mortos-vivos, tô vivão, ouvi voz
Que vem ecoando do universo em casca de noz
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso não me deixo no apuro ficar
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso eu assim me deixo purificar
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso não me deixo no apuro ficar
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso eu assim me deixo purificar
Eles foram condenados ao lixo
Nós reprogramamos a realidade
A linguagem é um vírus
A religião é um sistema operacional
E as orações são só uma porrada de spam
A arte é o pote do arco íris
E uma gota de esperança deve existir
Nunca joguei no modo easy
Dos horrores da existência humana eu não desisti
E no livro, me livro
Quebro o casulo que me enclausura
Procuro a cura pra não virar zumbi
E me desenquadra, do alvo e quando me salvo
Fujo do escalpo desse que ladra
Fiz o meu abracadabra e não sucumbi
Matei o Plunct, o Plact e o Zum
Que não queriam que eu fosse a lugar algum
Depois fui e fiz meu nome de preto
Pichei o parapeito
Lá da casa do cuzão do prefeito
Na liga da justiça só tem superboy
Morreram de overdose, antigos heróis
Entre os mortos-vivos, tô vivão, ouvi voz
Que vem ecoando do universo em casca de noz
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso não me deixo no apuro ficar
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso eu assim me deixo purificar
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso não me deixo no apuro ficar
Eu uso a arte para o muro quebrar
E com isso eu assim me deixo purificar